Baía de Guanabara | Baía de Guanabara - As Fortalezas de Santa Cruz da Barra e Lage | Baía de Guanabara - O Forte de São José |
A Baía de Guanabara foi o elemento fundamental da posição desempenhada pela Cidade do Rio de Janeiro no cenário brasileiro, por ser ampla e bem abrigada, devido ao estreito espaço de sua barra, 1.600 metros, ladeados por dois morros que formam um baluarte natural de proteção: o Pão de Açúcar e o de Santa Cruz. Seu interior é calmo, de boa profundidade e grande espaço para ancoragem de navios, chegando a ter vinte e oito quilômetros de extensão na direção norte-sul. Nas suas duas pontas de entrada foram construídas duas importantes Fortalezas: a de Santa Cruz e a de São João e qualquer embarcação que penetrasse a barra ainda teria que passar pela Fortaleza de Lage, construída um pouco mais para dentro, formando com as outras duas Fortalezas da barra um triângulo. Desta forma a Baía do Rio de Janeiro era uma praça mais fortificada que a da Bahia, tendo chegado a abrigar nove Fortalezas e tendo ainda o Arsenal do Trem para abastecimento, que possuía material de reposição para as Fortalezas. A posição da Baía permitiu que nela se desenvolvesse um importante Porto da Cidade. Estas condições transformaram a cidade em um centro econômico importante e nele se estabeleceram os armazéns reais que forneciam materiais bélicos para o Rio Grande, no sul do Brasil, mas esta situação despertava também, a cobiça de outros povos interessados nas riquezas que a cidade guardava em seus muros e a manutenção e conservação de todo o seu poderio bélico era oneroso e demandava muito trabalho. A baía de Guanabara, possuía uma grande possibilidade de interiorização através do Rio Paraíba do Sul e seus afluentes, que vinham desaguar na Baía estabelecendo uma importante ligação e permitindo uma intensa rede de navegação no interior da baía.
No século XVII a cana de açúcar foi o fator de desenvolvimento do Porto do Rio de Janeiro, que só perdia para a Bahia e para Pernambuco, os dois centros de produção açucareira nordestina. No século XVIII, com a descoberta do ouro, o porto passou a ser o "porto do ouro", mas a partir de 1770 o açúcar voltaria a ter sua importância, com a diminuição do ouro das Minas. O açúcar manteve sua importância até o século XIX, quando o café tomou o seu lugar. O Porto do Rio de Janeiro teve sua importância até o início do século XX e existe uma corrente que acha que o esvaziamento do Rio de Janeiro teve seu início não com a transferência da capital para Brasília, mas no final do século XIX, quando o Porto de Santos passou a ser o mais importante da região. A Baía está repleta de ilhas: a maior delas o do Governador com 32 Km2, onde do final do século XVI até o do século XVII operou o principal engenho açucareiro da família Sá, inicialmente pertencente ao Governador Salvador Correia de Sá; seguida da de Paquetá com aproximadamente 1 Km2 de extensão. Hoje muitas ilhas foram integradas ao continente. As ilhas foram inicialmente locais de fortificação militar, zonas de produção de alimentos e colônias de pesca. A Marinha sempre teve importantes instalações nas ilhas, como: a de Villegagnon que abriga a Escola Naval; a Ilha das Cobras com o Arsenal de Marinha; a Ilha Fiscal onde atualmente se encontra um Centro Cultural, mas que já foi sede do Centro Oceanográfico da Marinha e a Ilha das Enxadas ocupada pelo Centro de Treinamento da Marinha. Muitas ilhas se transformaram em depósitos de petróleo e derivados de munições e a Baía tem sido muitas vezes castigada por desastres ecológicos deles provenientes. A Ilha de Sapucaia foi utilizada como depósito de lixo e hoje está incorporada à Cidade Universitária da Ilha do Fundão. A Baía de Guanabara foi um recurso magnífico, degradado e abandonado pela cidade e pelo estado, hoje seu projeto de "despoluição" se desenvolve lentamente, à mercê dos desmandos das autoridades. |
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Vista da entrada da Baía de Guanabara que é ladeada pelas cidades do Rio de Janeiro e de Niterói, sua entrada aproxima as cidades, mas seu imenso interior as afastas, por isto só podemos visualizar a sua entrada e não toda sua extensão. A foto foi tirada do Morro do Corcovado e nela podemos ver seu mirante. A segunda foto mostra a mesma imagem ao entardecer com a cidade iluminada. |
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![]() Vista da entrada da Baía de Guanabara tirada do interior da Baía, de um lado Rio de Janeiro do outro Niterói. |
![]() Vista da entrada da Baía de Guanabara tirada do Museu de Arte Contemporânea em Niterói. |
![]() Vista da entrada da Baía de Guanabara vendo-se a Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, em frente ao Morro do Pão de Açúcar. |
![]() Vista da entrada da Baía de Guanabara e do relevo da cidade, tirada do navio MSC Ópera. |
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Duas vistas do relêvo da cidade, tiradas da entrada da Baía de Guanabara no navio MSC Armonia em 2004, |
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Duas vistas de todo o relêvo da zona sul da cidade, tiradas da entrada da Baía de Guanabara no navio |
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Duas vistas do relêvo da cidade tiradas do navio MSC Ópera em 2010, em alto mar ao entardecer, em primeiro plano o relêvo de Copacabana e em segundo plano o Pico dos Dois Irmãos, a Pedra da Gávea e o Cristo Redentor. A segunda foto é um detalhe. |
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![]() Vista da entrada da Baía de Guanabara tirada do Forte de Imbuhi, em Niterói. |
![]() Vista da entrada da Baía, com a Fortaleza de Lage e o relevo da cidade ao fundo. Foto tirada do navio MSC Rhapsody saindo da Baía de Guanabara ao entardecer. |
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Vistas da entrada da Barra, tiradas da Fortaleza de Santa Cruz e do Morro da Urca, com o Morro do Pão de Açucar em primeiro plano. |
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Quatro fotos da entrada da Barra, tiradas de navios saindo da Baía. A primeira do MSC Ópera pode se ver as Fortalezas de Lage e o Forte de São José no Morro Cara de Cão, a segunda do MSC Rhapsody, as outras duas do MSC Sinfonia. Na terceira pode se ver um pouco do Bairro da Urca e a Cristo Redentor ao fundo entre as nuvens, a última foi tirada logo após a saída da barra. |
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![]() Vista da Escola Naval, tirada do navio MSC Ópera. |
![]() Vista da Escola Naval, tirada do navio Costa Mágica. |
![]() Vista da Escola Naval, tirada da Ilha Fiscal. |
![]() Vista da Escola Naval, tirada do navio Costa Allegra. |
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A Ilha de Villegagnon deve seu nome à memória do A foto ao lado foi tirada em um passeio de barco |
![]() Vista da Escola Naval, tirada do navio MSC Armonia. |
![]() Vista da Escola Naval, tirada ao lado da pista do Aeroporto Santos Dumont. |
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![]() Vista da Ilha Fiscal inserida na belíssima paisagem |
Próximo da Praça XV, de vários pontos se avista o encantador castelo em Estilo Neogótico, palco do último baile do Império, oferecido aos oficiais do navio chileno Almirante Cochrane, em 9 de novembro de 1889, seis dias antes da queda da Monarquia e da Proclamação da República. É a Ilha Fiscal, hoje um Centro Cultural, que além de promover exposições temporárias, mantém uma permanente sobre a história da Marinha e da Ilha. Inicialmente era chamada de Ilha dos Ratos e passou a ser chamada Ilha Fiscal, por ter pertencido à Fazenda Nacional, depois nela funcionou o Centro Oceanográfico da Marinha. O castelo encanta pela sua arquitetura e interiormente pelo piso em mosaico de madeiras nobres da flora brasileira, os dois torreões, os vitrais e as colunas, os arcos e os florões em cantaria. |
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Vistas da Ilha Fiscal tiradas do interior da Baía de Guanabara. A primeira tendo ao fundo a Praça Quinze. A segunda tendo ao fundo o Aeroporto Santos Dumont, o Pão de Açúcar e parte do Bairro da Urca. |
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Vistas da Ilha Fiscal tiradas do Clube da Aeronáutica localizado junto ao Aeroporto Santos Dumont, ao fundo a Ponte Rio-Niterói. Pode se ver um pequeno trecho do Arsenal de Marinha localizado na Ilha das Cobras e um avião se aproximando do Aeroporto para aterrisar. |
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Quatro fotos do Castelo Neogótico da Ilha Fiscal tiradas da Baía de Guanabara. A primeira foto abaixo mostra detalhe do Brazão Imperial localizado na parte de cima da Torre e a segunda mostra o Castelo iluminado. |
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As duas primeiras fotos mostram detalhes da Torre do Castelo. A terceita foto mostra o interior do prédio com suas nervuras góticas. |
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![]() Medalhões da Princesa Isabel e de D. Pedro II, que decoram a sala que fica no alto do pavilhão central do Castelo. |
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A Ponte Rio-Niterói foi inaugurada em 4 de março de 1974, no Governo do General Emílio Garrastazú Médici. Possue quase 14 Km de extensão, chama-se oficialmente Ponte Presidente Costa e Silva, com ela foi viabilizada a travessia Rio-Niterói, que antes era feita apenas pelas barcas ou através dos Municípios de Magé e Duque de Caxias, de uma forma longa e difícil. A travessia facilitou o acesso entre as cidades do Rio e Niterói e também para toda a Região dos Lagos, além de ser uma grande obra de engenharia. Recentemente a Ponte foi privatizada e passou por um processo de restauração, com a troca de asfalto de suas pistas por concreto, de maior resistência. |
![]() Vista da Ponte Rio-Niterói, tendo à sua frente a Ilha Fiscal e ao lado a Ilha das Cobras pertencente à Marinha do Brasil em foto tirada da sacada do Clube da Aeronáutica que fica ao lado do Aeroporto Santos Dumont, na Praça Marechal Âncora. |
![]() Vista da Ponte Rio-Niterói, foto tirada do alto do Morro da Urca, podendo ser visto também o Aeroporto Santos Dumond. |
![]() Vista da Ponte Rio - Niterói, foto tirada do navio MSC Sinfonia no Porto do Rio de Janeiro, tendo ao fundo as montanhas da Serra dos Órgãos com destaque para o Pico do Dedo de Deus. |
![]() Vista da Ponte Rio - Niterói, foto tirada do navio MSC Sinfonia. |
![]() Vista da Ponte Rio - Niterói, foto tirada da Fotaleza de Santa Cruz. |
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Vistas da Ponte Rio - Niterói, tendo à sua frente a Ilha das Enxadas. Ambas tiradas de navios no Porto do Rio de Janeiro. |
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A primeira foto mostra um detalhe da Ilha das Enxadas à frente da Ponte, tirada do Museu do Amanhã tendo ao fundo a Serra dos |
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As duas fotos acima e as quatro abaixo foram tiradas da Praça Mauá, do Museu do Amanhã. |
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As duas fotos foram tiradas da Orla Prefeito Luiz Paulo Conde que liga a Praça Mauá à Praça Quinze de Novembro contornando o litoral e foi inaugurada para os Jogos Olímpicos - RIO 2016. Na primeira pode se ver em primeiro plano a Ponte que liga o Arsenal de Marinha do continente à Ilha das Cobras e na segunda a parte final da Ilha das Cobras onde ficam os estaleiros do Arsenal. | |
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Vistas da Ponte Rio - Niterói tiradas do navio MSC Ópera. A segunda mostra um avião preparando-se para aterrisar no Aeroporto Santos Dumont. |
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Vistas da Ponte Rio - Niterói tiradas da Ilha do Fundão - Cidade Universitária. |
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Vistas da Ponte Rio - Niterói tiradas em um passeio pela Baía, tendo à sua frente o Porta-aviões George Washington. |
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As quatro fotos foram tiradas durante as Jogos Olímpicos - RIO 2016: a primeira na Prova de Vela 17 Nacra Mista tendo ao fundo o Forte de São José; a segunda na prova 49er FX Feminina tendo ao fundo os Morros do Pão de Açúcar e da Urca e as outras duas na prova 49er Masculina tendo ao fundo a Ponte Rio-Niterói e o Bairro da Urca. |
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